31.5.06

Condição: Arquitecto XII

30.5.06

Condição: Arquitecto XI

É este o ofício do arquitecto. Existir como um ermita involuntário durante um período sempre mais largo do que aquele que se ambicionaria para um dia sair da casca apresentando à sociedade o objecto de trabalho. Dias há, em que esses mesmos trabalhos, embaídos de uma qualquer vontade própria resolvem sair da casca todos num mesmo dia ou numa mesma gloriosa semana. E esta é a minha: Domingo, Sócrates anuncia a estação intermodal de Laborim, Vila Nova de Gaia; trabalho elaborado entre Maio e Julho do passado ano. Ontem, ampla divulgação em jornais espanhóis do plano ao qual me entrego agora a tempo inteiro para a área envolvente da nova estação de AVE de Zaragoza, envolvido no âmbito da Expo'2008; Hoje, a cereja em cima do bolo: A 'aventura' fora do atelier para seis moradias na margem Sul de Lisboa, foi aprovada, com algumas 'recomendações a rever' mas também com rasgados elogios. Concluam, expeditos, que por ora a soberba me rumina a modéstia.

o sangue e o suor do trabalho II

“Sejamos preguiçosos em tudo, exceto em amar e em beber" Lessing

Café da Mañã XXXI

"En este mundo no hay más que dos tragedias: Una consiste en no obtener lo que se desea y la otra en obtenerlo."

29.5.06

Brigada Anti-antitabagista VIII

o páxaro da sua xanela

Não sei o que lhe passou pela mona. De onde veio e para onde vai, de quem gosta ou o que o traz. Sei que chegou na sexta de mansinho, se pôs em frente da janela como se de uma flor numa qualquer janela de Lisboa se tratasse para aí se deixar ficar.
Primeiro cantando timido e fininho e com o passar da tranquilidade do fim de semana numa espiral crescente de entusiasmado, fatalismo e glória.
Assim foi conquistando os corações em volta -não sei se o da rouxinola que almejaria- mas decerto que de o de muitas outras rouxinolas e seguramente o meu.
quanto parlapié, quanto pirilimpimpim...
título em português de mais um que no atelier se arrisca à lusofonia. Isto, meus amigos, é serviço publico!

o sangue e o suor do trabalho

Como saberão -não sabem- que isto parece sempre tudo meio segredo, trabalhei intensamente, faz quase um ano, numas propostas independentes para o Metro do Porto. A proposta final entregue, como sempre acontece nas matérias do urbanismo, ficou na gaveta todo este período sem dela se saber se àgua vai, àgua vinha. Ontem, Sócrates, inaugurando (finalmente) a ligação ao aeroporto anuncia com pompa e claramente sem circunstância que pára tudo, rebenta a bolha! Excepção feita, claro está, ao interface de transfortes em Laborim, o projecto aqui da malta!
É uma bela maneira de começar uma semana de trabalho a 36º...
"José Sócrates foi ontem inaugurar a linha do Metro do Porto até ao aeroporto e premiou Gaia, anunciando que vai mesmo avançar a linha do Metro até Laborim e o interface de transportes que ela supõe." in Correio da Manhã
(...)"Considerando que “andar depressa deve significar andar com segurança”, Sócrates anunciou que, nesta fase, apenas avançará, em Gaia, a construção de uma zona de interface e a extensão da linha Amarela, entre Santo Ovídeo e Laborim.“Esta obra é prioritária porque tem como objectivo a criação de um interface de transportes públicos”, disse o primeiro-ministro." in Publico

26.5.06

reticências

... ... hoje ... ... ...só... ... ... ... ... ...me ... apetecem ... ... ... ... ... reticências... .... , .... ... ... ... ... ... ... ... apetecia-me ... ... ... ... ... ... ... um ... ... ... ... ... mundo ... ... ... cheio ... ... delas , ... ...só... ... ... ... ... ... delas: ...

Ella

Tenho tido melhores vocativos para escrever que vocês, meros voyeurs de textos digitais: Volvi ao papel rosa, com cheiro a pássaros que bicam flores. Abandonei as mensagens petulantes, apenas tudo é frágil e precioso. Ingresso na meia-maratona de textos, que querem mais que a circunstância, A escrita mais como meio, menos como fim. As palavras medidas a conta, peso e medida, q.b. de sal. E ir mexendo. Uma lingua que não é minha, nem dela. Numa lingua que é de ninguém. Passos dados por ora, não em frente, por vontade para atrás. Esqueço como antes não dependia o fim do mundo de cada palavra. Desprendo-me das consoantes, quero o mundo das vogais.Das coisas bonitas, somente as essenciais. Queria ir ali curtir o fim de semana, e já não voltar.

24.5.06

Condição: Arquitecto X

"A moça passeava nas margens do lago, quando, de repente, apareceu um sapo que disse: - Olhe, sou um arquitecto e fui transformado num sapo por uma bruxa malvada. Se me beijar, caso-me consigo e seremos felizes para sempre! A mocinha toda contente, pegou no sapo e colocou-o no bolso da jaqueta. Enquanto ia a caminho de casa, o sapo começou a ficar impaciente e perguntou: - Ei, não vai me beijar? Ela respondeu: - De jeito nenhum! Faço mais dinheiro com um sapo falante do que com um marido arquitecto!!!" comentário anónimo ao post anterior

Condição: Arquitecto IX

engoli-los
sobra por aí, da guerra colonial, uma granadazita de mão que eu lhe esconda na sopa?

Confesso

Quando aparecer aí pela pátria a notícia de que, em discussão puramente laboral, um português assassinou a sangue-frio, com multiplas facadas e coices na fuça um austríaco de tenra idade, saibam, desde já que sim. Fui eu.

23.5.06

cicio

Aparta a procura e não a mim, pois eu já te encontrei e é a ti que buscas.

alma lusa II

Um dia saberás, com quantas palavras eu saiba aprender nesse idioma teu, quanto tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado.

alma lusa

Encontrar na tristeza profunda e no esvair da circulação, a forma única de empeçar ou terminar um grande amor.

22.5.06

Lóbi Saramaguiano

O blogger.com tem nos seus dias, as suas manhas, artimanhas, subterfúgios e artefactos. Hoje, por razão que não se sabe, e que diz a experiência, nunca se saberá, recusa-se a aceitar um Enter, a fazer uma mudança de linha, não me aceita um unico e singelo parágrafo. ..¿Será que ao outro do nóbel lhe aconteceu o mesmo no Word?

Olhares que sonham

Aos poucos e poucos vamo-nos encontrando e desta vez, dá-se com uma amiga mais.... Dou-vos o link e desde já aviso que esta amiga de Leica na mão é uma delícia.... Dica: clicar nas imagens para olhar um sonho maio

Café da Mañã XXX

" De manhã escureço / De dia tardo / De tarde anoiteço / De noite ardo"

19.5.06

Heresias XIV

Ele. Aqui. ..com franqueza...

Delírio panegírico

o 73/73 foi finalmente PRÓ CARALHO! Congratulemo-nos colegas arquitectos! Exultai sociedade portuguesa, libertada finalmente da longa condição de refém! Aspiremos juntos a um país mais são, mais bonito e por fim ordenado!

18.5.06

Suspiro

Posto que está o meu primeiro ano em Madrid, entramos na fase em que muito se repete e em que muitas (demasiadas?) coisas se podem comparar. O ano passado isto, o ano passado aquilo, há um ano foi assim, há um ano assado. No entanto, esse simples facto, torna as coisas unicas visto que há muito que a comparação havia saído fora da minha semântica.
Com a data, veio inexplicavelmente também um sentido de que afinal as coisas podem esperar e ainda que não tenha (julgo que nunca terei) a calma de saber dar tempo ao tempo, sinto que finalmente estão ao meu alcance as coisas que per si, levam tempo a alcançar-se.
A verdade, é que posto este ano, pode-se também lançar a empresa da avaliação do que passou; exercício perigoso fosse o caso de nao haver passado nada.
Passou.
Muitas coisas.
Umas ganhas, outras perdidas, outras iterativamente goradas. Forças que se descobrem, prazeres desconhecidos que se alcançam, facetas da personalidade que se apuram.
Está por cumprir-se a corrida de fundo, por encontrar-se a cara-metade, por dar-se o grito da glória mas o tempo, esse assassino nato, dono da ultima palavra, está pela primeira vez em muito tempo do meu lado e a aliança, creio, lançará as sementes seguras e viçosas do Bom Vento.

17.5.06

37ºC

aos primeiros dias do infernal calor madrileño, troco a inveja da mulher do próximo, pela inveja do terraço dele.

Dia Internacional da www

Celebro-o, auguriando sem abnegação que de pronto passemos da fase enciclopédica à era do oráculo.

16.5.06

feriado na 2ª, regresso ao trabalho nesta 3ª um desejo imenso de voltar ao meu 4º.

11.5.06

Cromos da bola

10.5.06

Reforma do Paseo del Prado II

A meio dos textos eleitos, aquela que seria, sem duvidas, uma boa introdução. Que o povo note, ademais, que a questão é branda e serena.
El collar de oro
"Cuenta Herodoto que cuando el rey persa Jerjes conquistó Atenas, mando destruir el Partenón y el resto de monumentos de la Acrópolis, respetando en cambio un plátano, al que colocó un collar de oro. Es evidente la perversa intención del historiador griego; ofrecer a la posteridad un retrato de Jerjes como un bárbaro capaz de eliminar los vestigios monumentales de una cultivada civilización a cambio de una rudimentaria adoración de la naturaleza. Hoy la barbarie no se mide sólo por la voluntad destructiva del patrimonio monumental sino, también, por el atentado ecológico. Es en este último apartado donde se alimenta la alarma sobre las consecuencias de la realización del Plan Especial del Eje Recoletos-Prado. Y no puedo considerar más que apresurado este prejuicio sobre un trabajo que viene realizándose, con el concurso de un acreditado equipo de especialistas de diversas disciplinas, desde hace más de cuatro años, con la transparencia y el debate público que no ha tenido ninguna de las operaciones urbanas realizadas en Madrid. Y, como es lógico, con las modificaciones necesarias para aceptar aquellos argumentos que resultaban razonables. El objetivo del proyecto que ganó el concurso internacional convocado era, y es todavía, como creo, compartido por todos los sectores de opinión: la necesidad de detener el progresivo deterioro de uno de los espacios históricos más significativos de la ciudad de Madrid, y adaptarlo a las nuevas exigencias que la coincidente ampliación de los tres más importantes museos de la ciudad incorporaban a esta centralidad urbana. En consecuencia, el Plan Especial propone un cambio histórico respecto a la progresiva tendencia de una ciudad abandonada a la presión del tráfico privado y una voluntad de recuperar para el peatón uno de los más hermosos, en origen, ámbitos de la ciudad. Y no únicamente por la justificable añoranza de un espacio público tan presente en la memoria colectiva de la ciudad. De manera aún más determinante, por la apuesta de futuro de un paseo del Prado que articule la relación entre todas las instituciones culturales que a él se asoman. Para ello se propone una reducción radical del tráfico privado, en torno al 60% de los 130.000 vehículos al día que en este momento deterioran, de manera irreparable, la calidad ambiental del tramo entre Cibeles y Atocha. Con ello se consigue, además, un aumento de zonas de estancia, paseo y arbolado, lo que (contando el nuevo paseo recuperable hasta el Panteón de Hombres Ilustres) supondría un nuevo parque urbano que, respetando la configuración actual del histórico, oferta un 30% más de superficie para el uso ciudadano. Pero el reflejo pauloviano que despierta la palabra árbol, confunde los datos ofrecidos por la memoria del proyecto, no distinguiendo entre el número de aquellos que se definen como afectados por su estado fitosanitario de los que realmente lo están por el trazado. Y si la solución inicial se ha modificado en profundidad para atender a las alegaciones que se presentaron en el periodo establecido legalmente, ¿es mucho pedir un poco de paciencia hasta que se haga pública la documentación definitiva? Y sobre todo, ¿por qué justo ahora, en un momento de reflexión interna en el proceso, se desata la polémica? ¿Cuáles son los intereses que contaminan el debate técnico? El eje Prado-Recoletos tuvo desde su inicio la condición de límite urbano dedicado a funciones de ocio y recreo. Aquella alameda medieval, descrita por el padre Sigüenza con las cualidades de tener "buena agua, y buena huerta, cielo abierto y claro, y el suelo fértil", pasó en el siglo XVI, cuando Madrid se transformó en Corte, a consolidarse como paseo con diversidad de arbolado y fuentes. Las sucesivas proyectadas remodelaciones, desde las atribuidas a Juan Gómez de Mora o Juan Bautista Sachetti, alcanzan, en la iniciativa del conde de Aranda, la formación del Salón y de la inmediata calle de "Tragineros" con las aportaciones de José de Hermosilla y Ventura Rodríguez en el siglo XVIII. Aunque la estructura y función de este paseo estaban fijadas desde el origen. Sólo en el siglo XX, y con el nuevo modelo urbano, Recoletos-Prado pasa a ser una vía de tráfico rápido, recogiendo el flujo Norte-Sur, con la pérdida de la cualidad del Paseo, y generando importantes daños medioambientales. El vértigo al cambio (a veces justificado), no puede conducir a la pasividad, porque la ciudad contemporánea, descontrolada en su lógica mercantil, se modifica de manera vertiginosa. En el periodo de estos últimos cuatro años, una centena de árboles han muerto en el paseo, debido a las condiciones medioambientales, y el pavimento existente ha alcanzado un grado máximo de deterioro. Se puede mirar el bosque pero resulta más difícil verlo, y esa percepción distraída, típica de la conciencia metropolitana no distingue los detalles, en este caso, la situación de abandono en la que ha estado el eje Recoletos-Prado. Si como anticipó Baudelaire, "la forma de la ciudad cambia más rápidamente que el corazón de un mortal", serían los responsables de la custodia del patrimonio los primeros en deber apreciar, con todos los ajustes necesarios, el carácter restaurador que impulsa este Plan Especial." Juan Miguel Hernández León , arquitecto, co-autor do Plano Especial Recoletos-Prado

Reforma do Paseo del Prado

Deixo aqui um texto introdutório àquele que parece ser o cerne da questão da polémica (a haver um, o que se duvida). Num futuro próximo (espera-se), regressarei ao tema com a opinião minha (que a alguém interesse..)
Un proyecto innecesario
"El Paseo del Prado es un espacio clave de la historia, el paisaje y la forma urbana de Madrid. Miserablemente maltratado, contiene el que posiblemente es el mejor bulevar que queda en Europa, cuya calidad como espacio público se debe, en buena parte, a la espléndida masa arbolada que organiza unos recorridos luminosamente abovedados y unas fachadas poderosas frente a las de las arquitecturas de sus bordes. Su principal problema es la discontinuidad del bulevar: dividido en dos tramos, interrumpe el flujo peatonal que lo recorre. El intenso tráfico rodado refleja su condición de articulador de la movilidad entre la capital y el Sur Metropolitano. La idea estructural propuesta es elementalmente radical: desplazamiento del tráfico sobre la acera oeste, reduciendo los carriles de circulación, y creación en el espacio restante de una gran plataforma peatonal. Amplía la acera oeste, pero mantiene la discontinuidad del antiguo bulevar. El proyecto comporta graves efectos. Uno es la destrucción de la que todavía es una de las masas de arbolado más hermosa y potente que existe y se enraíza en la trama urbana de Madrid. El papel del arbolado en este ámbito va mucho más allá del que juegan, de manera genérica, los árboles en el interior de las ciudades: purificación, sombra, belleza natural... Aquí los árboles hacen una contribución fundamental a la arquitectura de este espacio urbano y son, ciertamente, una parte esencial de la memoria de los madrileños actuales. No valen pues las habituales monsergas: por cada árbol que se corte se plantarán diez, se trasladarán, una de las filas se dejará en la mediana que separe los dos sentidos de tráfico... Como si el problema de su desaparición empezase y acabase con los árboles mismos. La arboleda del Prado es importantísima, pero cobra su verdadero sentido bajo la combinación de arquitectura y memoria. Por eso no conviene encelarse en la discusión de cuántos árboles desaparecerán o de qué diámetro, porque oculta el problema real: el proyecto en su conjunto, con su desproporción entre los graves daños que puede suponer y lo insustancial de sus aportes. Otro frente de problemas surge de la reordenación del viario. La propuesta traslada el "coste" ambiental del tráfico y el "coste" paisajístico de una masa de asfalto ampliada -a seis y siete carriles- a la acera oeste, por la que discurre principalmente la vida cotidiana de los ciudadanos y sobre la que se sitúan las fachadas del Thyssen y del Banco de España. Aunque reducir el tráfico debiera ser generalmente bienvenido, no está tan claro que ello fuese a comportar una mejora del impacto de la congestión, que podría aumentarse precisamente por la reducción de carriles y por la yuxtaposición de los dos sentidos de circulación sobre la acera oeste. La presión de la movilidad rodada sobre esta zona se genera fuera de ella: en el Sur Metropolitano y por la estructuración de la ciudad. En todo caso, si reducir carriles supusiera realmente disminuir el tráfico, la solución del proyecto tampoco sería imprescindible. Con el ensanchamiento del bulevar y de la acera oeste se alcanzaría una mejora del ámbito con costes mínimos. Actualmente, con los flujos separados por el bulevar, existe un espléndido bosque intermedio que tiene el impagable papel de aliviar los efectos contaminantes de la movilidad rodada. Con este proyecto se acaba con el bosque y se concentra la contaminación en esa banda donde discurre la vida cotidiana. La propuesta del proyecto permite aumentar el espacio peatonal y amplía la plataforma del Museo del Prado y el Jardín Botánico, pero ¿para qué necesita el Museo del Prado ampliar la gran plataforma que ya tiene? ¿Y el Jardín Botánico, cuya monumentalidad es "interior"? Porque, en realidad, la operación que realmente habría supuesto un cambio estructural realmente significativo en el Paseo sería reunir las dos piezas del bulevar y garantizar una continuidad del flujo peatonal en toda su longitud. Una solución seguramente inabordable en este momento, por lo que la reforma debiera haber sido planteada con algo más de modestia y sensatez. Aparte lo innecesario de este proyecto y sus graves impactos, parece que la idea general está lastrada por algunas incongruencias conceptuales: desaparece el bulevar como concepto estructurador más significativo del pasado histórico, que hoy otorga consistencia formal al conjunto, y una vez liquidado dicho concepto, se reorganiza el nuevo espacio reformando las dos piezas, cada una por su lado, en razón de la problemática solución de reordenación del tráfico y del poco interesante empeño de ampliar la plataforma museística. Por un lado, resulta un remedo de bulevar entre Cibeles y Neptuno. Por otro, el bulevar desaparece totalmente entre Neptuno y Atocha en favor de la gran plataforma. El único artefacto de la propuesta que confiere una cierta unidad estructural al conjunto es esa "macrovía" que lo recorrerá desde Cibeles a Atocha por la banda oeste. Pero hay un problema adicional con el lenguaje arquitectónico de la remodelación propuesta. Después de desmontar la estructura formal y el concepto histórico de esta pieza urbana se propone reconstruirla retornando a elementos del lenguaje dieciochesco a través de recursos como filas de (nuevo) arbolado, amplios terrizos y pavimentos graníticos..., recursos sin duda de un manierismo retórico y algo hueco, al modo de esos nuevos cafés en locales remodelados de viejos edificios y decorados luego al estilo de los del siglo pasado. El Paseo del Prado es un espacio histórico que quizá no llegó a tener nunca un proyecto estable pero que ahora ha consolidado una imagen urbana, hermosa y potente bajo el concepto del bulevar arbolado y otros remanentes formales del pasado. El intento de desmantelar lo sustancial de esas estructuras formales y paisajísticas podría haber surgido de alguna nueva conceptualización, o de un discurso que planteara sensiblemente el desafío que representa tratar un espacio urbano histórico de estas características con criterios y lenguaje decididamente contemporáneos, como ya hizo uno de los miembros del equipo redactor, de manera tan poética por cierto, en el Parque de Santo Domingo del Bonaval de Santiago de Compostela. Dejando a un lado los talentos y la reconocida trayectoria profesional de sus autores, la propuesta sobre el Paseo del Prado se apoya por desgracia en una idea banal, ausente de esa complejidad interna que siempre subyace a un buen proyecto. Una propuesta que está formulada, además, con recursos de lenguaje de un elevado formalismo nostálgico y, lo que es más preocupante, que supone gravísimos impactos sobre la memoria del paisaje y el ambiente urbano, sin que aporte nada sustancialmente significativo ni a la arquitectura de la ciudad ni a la ciudad misma." Luis Felipe Alonso Teixidor, arquitecto, profesor de Urbanística y Ordenación del Territorio

estado de sítio

hic, hic, hic... almoços e aniversários que inebriam palavras lúcidas.. amanhã melhor. hic, hic, hic

9.5.06

Efeméride V

10.000 pageviews. [Não foi o blog (nem Madrid) que mudaram a minha vida. Foi o sitemeter.] ...

Efeméride IV

Não tivesse eu perdido o jeito e a memória e estaria agora disposto a enumerar trezentas e sessenta e cinco boas razões para me ir quedando outro tanto.

Efeméride II e III pontos

Não me acude à memória quando foi a ultima vez que completei um primeiro ano sobre o que quer que seja...

Efeméride II

Faço tanto tempo em Madrid hoje quanto a Terra faz desde que viu o Sol segundo este mesmo prisma.

8.5.06

Homens

Preferem as louras?

Café da Mañã XXIX

Com o congresso do CDS este fim de semana, quem deve ter algo divertido que contar do fim de semana não sou eu...

5.5.06

Para a continuação de João Bénard da Costa como Presidente da Cinemateca Portuguesa

To: Presidência da República Portuguesa, Assembleia da República, Governo Português Exmo. Senhor Presidente da República,
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República,
xmo. Senhor Primeiro Ministro,
Exma. Senhora Ministra da Cultura,
A Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema é uma instituição pública que tem feito um trabalho de uma competência exemplar no panorama nacional enquanto casa de cultura, tendo-se tornado simultaneamente uma referência consagrada no âmbito das cinematecas internacionais.
O trabalho oferecido pela Cinemateca, através da sua programação – intensa, sistemática e coerente –, do conjunto das suas publicações – de uma solidez e vastidão únicas na divulgação e reflexão teórica sobre o território do cinema, em Portugal –, do arquivo nacional das imagens em movimento que dentro de si soube criar – tão exaustivo quanto possível – e da sua biblioteca – tão vasta, acessível e agradável a quem a consulta –, cumpre assim o seu objectivo primeiro que só pode ser o de tornar viva e permanente, para que seja fértil, a arte e a memória do cinema. Dizemo-lo como portuguesas e portugueses ligados ao cinema que, como fazedores, como espectadores ou como estudiosos, muito se formaram ou continuam a formar e a informar com a obra ímpar que é a Cinemateca Portuguesa.
Desta obra é indissociável a pessoa do Dr. João Bénard da Costa e o seu trabalho incansável, sábio e apaixonado, desde 1980 como sub-director da Cinemateca e, desde 1991, como seu Presidente. O facto, muito raro em Portugal, de ter passado por tantos Governos diferentes dirigindo uma instituição tão importante como a Cinemateca, tendo-lhe conferido, por meio de empenhamento pessoal que soube transmitir a quem nela trabalha com a mesma paixão pelo Cinema, vastíssima cultura e firmeza de carácter, a marcante identidade que nela hoje todos conhecemos e em que nos reconhecemos, atesta ainda a grandeza da obra, a independência e a integridade, qualidades que marcam o exercício do cargo que ocupa.
Recentemente, veio a público a intenção do Ministério da Cultura de não reconduzir o Dr. João Bénard da Costa como Presidente da Cinemateca Portuguesa. Esta intenção, a ser verdadeira, será tão surpreendente e insólita, como exprimirá uma atitude puramente burocrática de quem não pensa política da cultura e se limita a reagir burocraticamente a factos e ao passar do tempo, mandando para a reforma quem perfez 70 anos, e traduz uma total falta de perspectiva do Ministério sobre o aproveitamento das qualidades extraordinárias de certas pessoas para dar, ainda e enquanto possível, continuidade ao trabalho desenvolvido, neste caso, na Cinemateca, o que torna legítimo que se possa temer que a curto prazo se perca o que de extraordinário ali está feito. É que a única justificação dada para esta intenção, prende-se com o facto do actual Presidente da Cinemateca ter atingido a idade de reforma da função pública, encontrando-se já em regime de licença especial e por ser, nas palavras da assessora de imprensa da Sra. Ministra, «orientação» deste Governo que essas licenças só sejam concedidas em situações «muito excepcionais».
Os abaixo-assinados vêm afirmar que, no seu cívico entender, o caso do Dr. João Bénard da Costa é absolutamente excepcional e apelar que essa orientação seja, neste caso e com plena justificação, seguida, permitindo-se a continuidade de uma presença cultural, de um trabalho e de uma intervenção excepcionais e para cultura e fruição de todos seja mantida pelo tempo a que o Dr. João Bénard da Costa ainda tiver vontade e força.
CLIQUE-AQUI para assinar a petição
CLIQUE-AQUI para ver quem já o fez

Heresias XIII

Kirchner Morales Lula Chávez

Brigada Anti-antitabagista VII

"O Ocidente que deixou de acreditar fosse no que fosse, acredita fervorosamente na saúde. Não se percebe este amor ao corpo. Um indivíduo que não fume, que não beba, que se obrigue disciplinadamente a uma dieta punitiva e faça exercício sem parar ganha o extraordinário privilégio de trabalhar muito mais, durante muito mais tempo. Ou, pior ainda, acaba por cair numa velhice patética e por morrer entubado e espicaçado e com médicos que o tratam como quem trata o problema de uma rã.
Não espanta que a esquerda goste deste exercício de melhoramento do homem. É repressivo e abre um belo e vasto campo à intolerância dos não-fumadores.
Quando qualquer mentecapto pode perseguir um tabagista como um ente sub-humano, a populaça aprecia. Até Hitler era dado a esse desporto. Como dizia o outro, não tarda muito que ninguém se lembre como a vida era doce, antes da saúde se tornar a religião oficial."
Vasco Pulido Valente

4.5.06

Brado triste por Bárbara

busquei fundo. quis daqui atirar a flor que te acordasse pela manhã, flor feita refrão, ser o bardo que te fizesse por hoje rainha, cuspir o fogo do espírito, louvor ao que te seria devido e hoje con-sentido. quis tudo. intensamente. ser lírio e pássaro e voz e luz e irmão e de sangue e estar aí e contigo. quis ultrapassar a forma e o conceito, saber chegar a uma forma nova, só tua e só minha. só nossa. quis, porque é hoje, reforçar o ontem e o depois-de-amanhã. quis dar-te, porque é hoje, o que queria saber e poder e dar todos os dias. quis redimir-me do que não sou, do que não sei ser e do que tu por me quereres, querias que eu fosse. com o que quis esgotei a energia e escabujei braços até c'a breca embaisse e que o sonho não se cumprisse quis mas não fiz. nada, niente, rien. e nem mea culpa, nem remorso, nem nada. telefono-te mais logo. três minutos. muitos parabéns e tal. que prendas e com quem e quando e porquê e um até-amanhã que funciona como até-para-a-semana.
deixo para amanhã o que poderia e queria ter feito hoje. assim deixo um dia mais, um aniversário mais, um ano mais, uma vez mais, tudo o mais que seja importante por dizer.
seco, mudo e quedo grito sentado a promessa do mais-logo.
e depois telefono.

Este es un día especial

01:02:03 04.05.06

Desenrascanço

" Desenrascanço (impossible translation into English): is a Portugueseword used to describe the capacity to improvise in the most extraordinary situations possible, against all odds, resulting in a hypotheticalgood-enough solution. Portuguese people believe it to be one of the most valued virtues of theirs." from: Wikipedia

3.5.06

teoria da relatividade

A unica coisa absoluta na teoria da relatividade tal qual a vivo é a forma demolidora como volta-e-meia me destrói as convicções do ego. Em absoluto.

Condição: Arquitecto VIII

Chegar à praia, ver uma matrícula acabada em DWG e pensar agoniado em 2ªfeira.

Heresias XII

O melhor dos céus e dos infernos está junto no paraíso.

Heresias XI

Um céu, cheio de gente boazinha, deve ser uma pasmaceira.

Heresias X

Passar férias no Inferno: 4 dias de 'sol' e 'calor', corpos escaldantes e desejos inflamados. Uma delícia...