21.9.05

Mais uma volta, mais uma viagem

A minha querida irmãzinha, mais o seu fiel companheiro (um Gato, não um cão), partem hoje para as Américas para uma longa estada. Eu, entre outros, lançamos-lhe o desafio de criar um blog para nos ir fazendo inveja. E ei-lo, pecado, pecado, a inveja, maldito pecado.
Façam o favor de cair em tentação

20.9.05

PELOTAZO

ou a loucura do week-end desportivo O Real Madrid perdeu em Barcelona (com o Español). O Barcelona perdeu em Madrid (com o Atlético). Se a derrota do Barça é acidente de percurso, já a do Real é a consolidação do percurso de acidentes que leva a que sessenta milhões de euros (12 milhões de contos!!!) de investimento somente esta temporada, consigam a performance acutilante de três (3!) derrotas em oito (8!) dias e um não menos digno de registo; 15ºlugar na classificação. No periódico de ontem analizavam-se os desempenhos futebolísticos: o crack do momento, Robinho, já se lhe começam a reconhecer as fintinhas e fintetas; o crack Julio Batista não se entende com os demais; o crack Pablo Garcia saiu por uma porta pequenina ao segundo cartão amarelo e a ultima cara bonita contratada, Sérgio Ramos (español pero galáctico, assim o anunciaram) nem levantou a peidinha do banquillo. Um tal de Figo, que aquando da minha chegada a Madrid era o bode expiatório de todo e qualquer mal da cantera, era enquanto isto titular e vencedor em Milão; aquele que se rindo por ultimo, certamente se ria melhor, é que a verdade, meus caros ingratos madrileños, não há como fugir-se-lhe. Ela vem sempre ao de cima. Entretanto, e posta tanta cerimónia no acto de bem jogar a pelota, um outro tal Getafe, clube também de Madrid, pero que sem cracks nem estádios cheios, de manso bem mansinho, se foi fazendo de importantre e segue por ora isolado em 1ºlugar do campeonato.

19.9.05

From somewhere with love

Roubo hoje as palavras de um blogue (dos bons), que por aí andou:
"Vivemos num tempo fantástico. Para além de portuguesa sou europeia. Temos um passaporte para todo o lado e somos cidadãos de primeira. Podemos viajar para todo o lado, podemos viver em todo o lado, o mundo não tem limites, é só escolher. Agarramos as oportunidades e partimos pelo mundo.
Mas há um lado perverso... no meio da frieza dos aviões misturam-se sentimentos e criam-se carapaças. É uma vida que se deixa para trás e a que não nunca retornamos iguais. Em cada paragem cada vez custa mais ver amigos partir. Em todo o lado apegamo-nos a pessoas, não há como fugir, não há porque fugir, precisamos delas, elas precisam de nós, as pessoas são a experiência da viagem. Mas depois dói. E o nosso coração vai sendo levado por todas estas pessoas, ficando espalhado aos pedaços pelo Mundo inteiro. E depois já não se pode reconstruir e ficamos também nós partidos pelo mundo.
Se “a casa é onde o coração está” onde é a minha casa?
Se deixamos pedaços de coração pelo mundo quer dizer que o mundo é nosso?
Porque é que tão fácil partir mas custa tanto? "
A gaja chamava-se sushi lover e já se foi; o texto chama-se Globalização de Sentimentos e (felizmente) ainda para aí anda.

Café da Mañã X

De Madrid se diz que 3 meses de Inferno e 9 meses de Inverno. Hoje, a 2 dias do final do Verão, acordo com todas as janelas abertas do calor da noite anterior e sou brindado por 6 congelantes graus. Os dentes tiritam, o pijama parece ser afinal d o mais reles papel de jornal, o sumo de laranja fresco já custa a entrar, sair da cama custa uns 75% mais e a agua do cilindro que antes dava para o banho quentinho de 4 pessoas, esgota-se agora em 3 minutos de vapor. Eu, que durante os passados meses, sonhava diariamente com um qualquer câmbio climático que me permitisse ao menos não suar que nem um porco, deparo-me agora com um medo real do frio que virá. Como dizia o sabichão do Variações, eu sou quero estar aonde não estou, eu só quero ir para onde não vou. P.S. – Não está dito e redito que o ano tem 4 estações? Que é feito da Primavera e do Outono?

15.9.05

Tó-colismo

Andava escondido, mas eu encontrei-o. Antes tarde que nunca.
Ei-lo, ao vivo e a cores, para delírio dos rebarbados mas também para o descanso das mães, um amigo bloguista muito particular:
Se queres dançar,
e não tens par
(vai aos links dos ventos amigos)
e chama o António

12.9.05

Café da Mañã IX

Em fim de semana prolongado (Viernes por aquí foi feriado), com deliciosas visitas portuguesas, cafés e mais cafés, foi um sem fim de despesa na maldita cafeína. Ademais, um rombo na carteira. Tanto assim é que aquí se registam os preços de tabela de quanto custa vos um cafezinho por aí: Museo Thyssen Bornemisza: 2,90 exc.IVA Café Comercial: 1,90 exc.IVA Jazzanova Lounge: 3,50 Home, sweet home: 0,00 inc.After Eight Café Madrid Madriz: 1,50 Chocolatería San Ginés: 2,50 Assim sendo, que se precavenha no orçamento, quem por cá passar um fim de semana: É por de lado uns 15 eurinhos só para andar acordado

7.9.05

Café da Mañã VIII

Tomo-o em casa.
É que o da rua, vem com borras e sabe a merda.
O de casa é Delta. Moído para Saco. Torrado. Bom que dói.

6.9.05

Uélcame, Vilcóman, Bianvénuti

De verdade, escrevo hoje, mas cheguei faz agora duas horas e uma semana. Do reinstalar-me ao reintegrar-me vai uma tarefa continua que ainda que deixe espaço (e tempo) para se vos comunicar, me impede seguramente de o fazer com clareza. As férias foram fantásticas. Pela primeira vez em, por aí, 15 anos, não viajei, e assim me deixei ficar vivendo em Portugal ou, se me quiserem colocar já como um verdadeiro emigrante, antes me diriam que também este ano viajei porque me fui de onde vivo. A questão relevante, é que por um mês, Portugal me bastou, me preencheu, e sem duvida me emocionou. Não aproveitei para descansar no sentido do deitar cedo para cedo erguer mas, ainda que com a vida de alguém que jamais espera a hora do recolher, tive umas férias deliciosamente relaxantes. Foi bom estar com os amigos de sempre e também com outros novos, foi bom sentir que a esta mesmíssima distância que por agora nos separa a cada dia, estão os amigos de todos os dias. Justificar-me ainda confesando que, a uma primeira intenção de estar com les uns e les autres, cedo percebi que as férias estivais não são a época de cura ocasional de saudades. Os les uns não estavam por onde eu poderia estar e os les autres, quando estavam, não o estive eu. Ficou a vontade de os rever, quem sabe em Outubro, quando regressar por outra curta estada para exercer o meu direito eleitor. E assim foi, por aí, a cada dia, passou um dia, até ao dia que não mais era tempo de estar aí, e assim, me vim. Madrid del empleo y de marcha me saluda, como yo vos saludo: Bienvenidos otra vez!!

Pirómano, assassino, incendiário, delinquente!

É bom estar de volta ao trabalho quando se é de um país que anda nas bocas do mundo.