12.4.06

As vias de C.

-Jovem repleto de armas nos bolsos, a troco de respeito passeia-se pelo chiado.
-Homem de meia idade nascido em Espanha, crescido no Chile, economista de profissão actualmente a viver em Lisboa e a trabalhar no Millennium, passeia-se também pelo Chiado.
-Mulher, sedutora de profissão, estilista em part-time em plena flor da idade passeia seus seios erectos, pelo Chiado.
Mulher sedutora fixa seus olhos numa montra sem para isso abrandar o seu passo e ir direita ao que a fez vir até aqui. Assim choca contra jovem que procura simplesmente respeito. Este insurge-se e prepara-se para soltar das cordas vocais um banal “Mas qué esta merda?”. Contudo, e ao reparar no que estava diante dos seus olhos, fica-se pelo “mas”, o qual completa com “que agradável surpresa”. A mulher de seios erectos trinca o lábio tira, com inimitável mestria, a franja dos olhos e responde-lhe “Muito obrigado”.
O jovem que durante toda a sua vida tinha sido vítima de maus tratos tendo estes começado pelo pai, que era chulo de profissão mas dizia a toda a gente que era corrector de seguros, o que ia dar ao mesmo. O pai começou por o obrigar a vê-lo a experimentar o material obrigando o coitadinho do rapaz a entrar também na festa. Estes maus tratos agravaram-se com a idade pois o pai ao ver que estava a ficar impotente vingava a sua frustração no miúdo, que obrigava a prestar-lhe favores sexuais e quando a pistola do pai não funcionava, era o jovem que pagava com chapadas, murros e pontapés à altura da frustração do pai. Como se não bastasse o jovem era gozado na escola pelas enormes orelhas que abrilhantavam tão hediondo focinho.
Por estas e muitas outras razões, aquele momento em que chocou foi para si como que tudo aquilo que vasculhou, com o intuito de encontrar e decorar a sua vida. Este foi o seu momento, ali sentiu-se feliz. Não precisava de mais nada a não ser aquele sorriso, o pentear de franja, e os seios erectos em sua direcção.
Eis que naquele segundo o economista que nasceu em Espanha e cresceu no Chile interpela os dois e diz:
-Então rapaz, olha por onde andas. Podias ter magoado tão bela obra-prima de deus(quem sabe se a pensar que quanto mais prima mais se lhe salta para cima)
Vê lá se tenho que te ensinar maneiras.
- O jovem saca de uma das suas 5 pistolas aponta-a ao economista e diz:
Quero que tu te fodas. Este momento é meu, e meu permanecerá porque eu amo-a não desde sempre, mas para sempre. ADEUS
Então recolhe a arma aponta-a à sua própria cabeça e dispara.A mulher berra ao mesmo tempo que fica toda salpicada de sangue. O economista desmaia. A mulher fica a miss t-shirt molhada, de sangue, com os seios ainda mais erectos, olha para o rapaz e diz: é pena
E prossegue o seu caminho a pensar que se o jovem não tivesse sido maltratado em criança, jamais lhe teria proporcionado tamanho prazer e consequentemente, nunca se teria sentido tão poderosa como tinha acabado de acontecer.
from:G.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:) mto bom !!!

4/28/2006 5:27 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home