24.11.05

Liga de Campiones

Vejo o Manchester-Benfica mergulhado em bifes, o Villareal-Benfica numa imunda tasca e o Benfica-Villareal num local betóide para caramba. Por três vezes, saio de um bar arrastando os pés, mas congratulando-me em como o meu Benfiquinha está mais crescidote e em como, ainda assim, o Benfica é tão grande que passa em directo num qualquer bar de copas madrileno. Anteontem, nem vê-lo. Nem um bar. Nem na mais reles taperia, nem no mais finório restaurante. Não passa. Ponto. Assim só, abandonado, apatriado, me apercebo que antes tinha andado à boleia dos alcoólicos ingleses ou dos patriotas espanhóis e que aquí, para além de a ninguém interessar o Benfica desde que acabou a década de 60, aos franceses adversários (¿onde raio fica Lille?), também ninguém lhes quer dar uma mãozinha. Já ontem, toca de ir experimentar a constelação Bernabéu. Estádio à maneira com a vantagem circunstancial de se poder assobiar a equipa e o treinador da casa. Os galácticos pelas ruas da amargura, e os franceses (Lyon), ainda que sem mãozinha dada, fizeram das tripas, coração; e espetaram com o calcanhar mais à mão a farpa que (Deus queira!) porá o Scolari cá do sítio com bilhete de regresso à América do Sul.