Café da mañã IV
Hemingway e Picasso.
Sonhei hoje com eles.
Lado a lado, numa imagem larga, compondo a parede de uma sala de viver.
A casa, essa, tem um terraço largo e a seus pés, a cidade dos homens e o Sol, que nela se põe mais que nos locais demais.
Abaixo dela, os telhados, terraços, águas-roubadas e mansardas, revelam outro mundo jamais deixando entender onde, por entre eles, descorrem as ruas e os passos das gentes.
Lá dentro, o fotógrafo, numa pequena mesa escura de madeira, comida e recomida pela traça, escreve, no seu Labtop de ultima geraçao os devaneios do espírito e as perturbações da mente.
A luz é escassa, mas serena. O abat-jour outrora inteiro, é hoje manta de retalhos de constantes excessos de aquecimento e as velas já ardidas abundam pelo chão de tábua corrida como que a iluminar a poeira que a cada dia se acumula indiferente do olhar do fotógrafo. A ele, abaixo dos seus pés, apenas lhe interessa a cidade fervilhante onde mergulha diariamente. De manhã, sempre no Palentino ou no Café Comercial – onde se ofende com quem por lá resta menos de duas horas - para beber o seu Mazagran de duas pedras e um Whisky sem elas; De tarde, a Bodega de la Ardosa onde demoradamente escolhe o melhor vino para mais uma noite na casa.
2 Comments:
MST.hoje sonhei com ele.
Eu sonhei com a Nádia...
É uma amiga minha.
Pronto, é tudo.
Enviar um comentário
<< Home