5.7.05

Café da mañã IV

Hemingway e Picasso.
Sonhei hoje com eles. Lado a lado, numa imagem larga, compondo a parede de uma sala de viver. A casa, essa, tem um terraço largo e a seus pés, a cidade dos homens e o Sol, que nela se põe mais que nos locais demais. Abaixo dela, os telhados, terraços, águas-roubadas e mansardas, revelam outro mundo jamais deixando entender onde, por entre eles, descorrem as ruas e os passos das gentes. Lá dentro, o fotógrafo, numa pequena mesa escura de madeira, comida e recomida pela traça, escreve, no seu Labtop de ultima geraçao os devaneios do espírito e as perturbações da mente. A luz é escassa, mas serena. O abat-jour outrora inteiro, é hoje manta de retalhos de constantes excessos de aquecimento e as velas já ardidas abundam pelo chão de tábua corrida como que a iluminar a poeira que a cada dia se acumula indiferente do olhar do fotógrafo. A ele, abaixo dos seus pés, apenas lhe interessa a cidade fervilhante onde mergulha diariamente. De manhã, sempre no Palentino ou no Café Comercial – onde se ofende com quem por lá resta menos de duas horas - para beber o seu Mazagran de duas pedras e um Whisky sem elas; De tarde, a Bodega de la Ardosa onde demoradamente escolhe o melhor vino para mais uma noite na casa.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

MST.hoje sonhei com ele.

7/05/2005 8:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu sonhei com a Nádia...

É uma amiga minha.

Pronto, é tudo.

7/07/2005 3:41 da tarde  

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